Pesquisar este blog

13 de novembro de 2011

SALVA DONA MARIA MULAMBO, SALVE A PODEROSA


Foi numa noite de luar
Que encontrei na encruza uma moça a trabalhar
Me deu boa noite disse moço não se engane
Eu sou Pombogira poucos conhecem minha fama
Muitos já tentaram jogar meu nome na lama
Hoje na calunga conhecem Mulambo de fama

Foi numa noite de luar

Que encontrei na encruza uma moça a trabalhar
Me deu boa noite disse moço não se engane

Venho da calunga
Trabalhar na encruzilhada
Beber meu marafo, fumar meu cigarro, dar a minha gargalhada.
Exú Mulher Maria Mulambo, você que me acompanha , me ajudando nos momentos mais difíceis e aparentemente sem solução, aceite esta pequena homenagem que fiz com muito amor. Podem dizer que você é farrapo, gosta do lixo e tudo o mais, é um absurdo.
COMO MULAMBO É ...
D. Maria Mulambo mostra-se quase sempre bonita, feminina, amável, elegante, sedutora.Ela gosta das bebidas suaves como vinhos doces, licores, cidra, champanhe, anis, etc. E gosta dos cigarros e cigarrilhas de boa qualidade, assim como também lhe atrai o luxo, o brilho e o destaque. Usa sempre muitos colares, anéis, brincos, pulseiras, etc.
Exus e pombagiras dessa linha (estrada) são os mais Brincalões. Suas consultas são sempre recheadas de boas gargalhadas, porém é bom lembrar que como em qualquer consulta com um guia incorporado, o respeito deve ser mantido e sendo assim estas brincadeiras devem partir SEMPRE do guia e nunca do consulente. São os guias que mais dão consultas em uma gira de Exu, se movimentam muito e também falam bastante, alguns chegam a dar consulta a várias pessoas ao mesmo tempo. Nesta linha trabalham vários espíritos, desde os Exus da estrada propriamente dita, como também os Cíganos e a malandragem. Também se encaixam nesta linha alguns espíritos, que apesar de já terem atingido um certo grau de evolução, optaram por continuar sua jornada espiritual trabalhando como Exu
s . 




Sincretismo na Umbanda

Sincretismo.
A questão do sincretismo é um tanto complicada, quando lembramos os fatos Históricos:
è sabido que os africanos só poderiam cultuar seus Deuses em paz se os disfarçassem com as imagens dos Santos Católicos , o problema é que até hoje muitas pessoas imaginam que os nomes dos orixás são o mesmo dos Santos da linha nagô.
Exemplo:
Orixá - Santos Católicos
Oxalá - N.S.Jesus Cristo, N.S. do Bonfim
Xangô - São Jerônimo, São Pedro
Ogun - São Sebastião (Bahia), São Jorge (RJ)
Oxossi -São Sebastião (RJ), São Jorge (Bahia)
Obaluaiê - São Lazaro- São Roque
Oxumare - São Bartolomeu
Logun edé - Santo Expedito
Ibeji - São Cosme e São Damião
Exu - Santo Antônio
Nanã - N.S.Santana
Iemanjá - N.S. da Glória, N.S. dos Navegantes
Oxum - N.S. Conceição (RJ), N.S. das Candeias (Bahia)
Iansã - Santa Bárbara
Obá - Santa Catarina
Datas Comemorativas:
20/01 - Oxossi
31/03 - Umbanda
23/04 - Ogum
13/05 - Pretos Velhos
13/06 - Xangô
26/07 - Nanã
13/08 Exu
15/08 - Oxum
27/09 - S. Cosme e D.
02/11 - Omulú
15/11 - Fund. Umbanda
04/12 - Iansã
08/12 - Iemanjá
25/12 - Oxalá

Ogan


Uma casa de santo, seja de Umbanda ou Candomblé, além dos filhos de santo, tem outros elementos que dão suporte aos trabalhos, além de serem considerados, um tipo de autoridade da casa.
Tais elementos são os Ogãs, Cambonos e Ekédis. A principal características desses filhos, notadamente Ogãs e Ekédis, é a falta da capacidade de manifestarem o Orixá ou a Entidade Espiritual. Não são rodantes, como se diz normalmente sobre os filhos de santo que têm a capacidade de receberem a entidade, ou seja, de manifestarem através da matéria a personificação do espírito.
Na Umbanda, os Ogãs são naturalmente e normalmente os tocadores de atabaques. Aos Cambonos cabe o auxílio às entidades e consulentes. Há uma característica muito comum na Umbanda, que é iniciarem os trabalhos como Cambonos, a maioria dos filhos, mesmo os que têm a capacidade da incorporação.
Enquanto a mediunidade vai se desenvolvendo eles ajudam aos mais velhos que já têm a mediunidade pronta. Esse trabalho de ajuda, não cessa por completo com o desenvolvimento. Mesmo os já desenvolvidos na Umbanda, quando não incorporados, procuram ajudar aos demais, aos mais novos inclusive. Os Ogãs, mesmo os de Umbanda, normalmente não são rodantes, embora pudemos, em várias ocasiões, observar isso ocorrer. Neste caso, do meu ponto de vista, não podem ser considerados Ogãs, e sim alguém que estariam momentaneamente ajudando a casa tocando o atabaque. De qualquer forma, é um problema, pois o atabaque é o elemento que faz a chamada da Entidade, e se no meio do toque, o Ogã ao invés de manter a vibração do toque, manifesta-se com ela, poderá criar uma quebra de concentração e conseqüentemente uma quebra fluídica. Seguramente isso ocasionará transtornos e mal estares em médiuns mais novos como até nos mais velhos também.
No passado era uma regra geral que atabaques eram instrumentos consagrados unicamente ao Ogã, que deveria ser necessariamente do sexo masculino,. Esta regra vem sendo quebrada sistematicamente em algumas casas menos tradicionais. Há muita discussão sobre o assunto e provavelmente muita água irá rolar por baixo da ponte, até que se determine ser certo ou errado tal procedimento.
Em algumas casas de Umbanda costuma-se dar à pessoas de bom nível social ou amigos que se apresentam para o trabalho e ajuda da casa, títulos de Cambono e até Ogãs. Estes entretanto, que na verdade não participam da vida ativa do centro e comparecem eventualmente às sessões comuns e muito ativamente nas festas,são uma categoria especial e recebem funções específicas como fiscais da freqüência, servem bebidas e comidas aos convidados e procuram manter a normalidade dos trabalhos, impedindo o acesso de elementos negativos possam criar algum problema. Aqueles que participam ativamente da vida vegetativa e espiritual da casa serão os Cambonos de terreiro e participarão ativamente das sessões e festas, sendo na maioria das vezes os futuro médiuns de trabalho com as entidades.

Em contrapartida temos o Ogã e a Ekédi. São funções ou capacitações de elementos nas diversas nações de Candomblé. Nas diversas nações afro-descendentes recebem nomes específicos. Trataremos aqui como Ogã e Ekédi, levando em consideração a importância e tipo de trabalho, além de ser naturalmente, os termos mais conhecidos dentro da religião por iniciados ou neófitos. Não são apenas iniciantes a espera da manifestação dos Orixás, ou pessoas que possam ajudar de alguma forma a casa. No Candomblé, Ogã e Ekédi são cargos que já vêm determinados às pessoas, assim como os que têm a obrigatoriedade de iniciar-se na religião, fazendo o que comumente chamamos de FAZER O SANTO, ou 
FAZER A CABEÇA!
O Ogã e a Ekédi, primeiramente são suspensos pelo Orixá e futuramente confirmados em iniciação particular, diferente em alguns aspectos, da iniciação do Omo-Orixá, ou Filho de Santo. Possuem poderes específicos dentro dos barracões, pois são autoridades especiais, sendo considerados pais e mães por natureza. A eles são atribuídos os atabaques, os sacrifícios, a guarda de elementos espirituais, colheita de ervas, responsabilidade pela cozinha do santo, auxílio imediato ao Babalorixá/Yalorixá nos ebós e obrigações dadas nos filhos. São Mães e Pais Pequenos do barracão, Mães Criadeiras, verdadeiras mães e pais a quem os filhos devem respeito e carinho.
Podemos notar as diferenças funcionais e fundamentais entre Cambonos e Ogãs que trabalham na Umbanda em contrapartida aos Ogãs e Ekédis no Candomblé, porém é importante lembrar que guardada as proporções de cada uma das funções, tantos uns como outros, são importantíssimas suas funções e seria muito difícil, quiçá impossível, muitos objetivos do culto serem alcançados sem a presença deles.
Respeitem e tratem muito bem, com carinho, amor e devoção aos seus Ogãs, Ekédis, Mães e Pais Pequenos além dos Cambonos, são eles que de alguma forma, fazem com que o caminho a ser trilhado dentro da religião seja menos penoso, mais alegre e muito mais feliz.
E a vocês, Cambonos, Ogãs e Ekédis, saibam o quanto suas presenças nos felicitam, o quanto suas capacidades nos ajudam, o quanto seus carinhos nos confortam.

Expressões usadas na Umbanda

Entenda o significado de algumas palavras que fazem parte do vocabulário das entidades de umbanda.
Sessão de Umbanda: Cerimônia, rituais geralmente com a finalidade de cura física e espiritual. Por meio de guias, após dança e toques, com o uso do ponto cantado e riscado, pólvora, aguardente, defumações. Também sessão de desenvolvimento, de aprendizado e aperfeiçoamento dos médiuns, sessões festivas, públicas, com toque de atabaque e danças.
Ponto de Abertura: Cântico de abertura de uma sessão.
Ponto de Chamada: Cântico que invoca as entidades para vir ao terreiro trabalhar.
Ponto de Defumação: Cantado enquanto é feita a defumação do ambiente e dos presentes.
Porteira: Entrada do templo.
Filho de Fé: Designação do médium iniciante ou não.
Firmar: Concentrar-se para a incorporação
Firmar Anjo da Guarda: Fortalecer por meio de rituais especiais e oferendas de comida votivas e orixá patrono do médium.
Gira de Caboclo: Sessão religiosa, o mesmo que gira; só que voltada somente para a linha de caboclo.
Gira: Sessão religiosa, com cânticos e danças para cultuar as entidades espirituais. Firmar Ponto: Cantar coletivamente o ponto (cântico) determinado pela entidade que vai dirigir os trabalhos para conseguir uma concentração da corrente espiritual.
Firmeza: O mesmo que segurança, conjunto de objetos com força mística (axé); que enterrados no chão protegem um terreiro e constituem sua base espiritual.
Cazuá: Terreiro, Templo, Local.
Dar Firmeza ao Terreiro: Riscar ponto na porteira, sob o altar, defumar, cantar pontos, etc. São feitas antes de uma sessão, para afastar ou impedir a entrada de más influências espirituais.
Descarregar: Livrar alguém de vibrações maléficas ou negativas.
Descer: Ato de orixá ou entidade incorporar.
Desenvolvimento: Aprendizado dos iniciados para melhoria de sua capacidade mediúnica; com a finalidade de incorporação de entidades.
Despachar: Colocar, arriar em local determinado pelos orixás ou entidades ? guias, os restos de oferendas.
Despachar Exu: Enviar exu por meio de oferendas (de bebidas, comidas, cânticos e sacrifício animal), para impedir de perturbar a cerimônia.
Despacho: Oferenda feita a exu com a finalidade de enviá-lo como mensageiro aos orixás e de conseguir sua boa vontade, para que a cerimônia a ser feita, não seja perturbada. Oferta feita por terreiros de Quimbanda com a finalidade de pedir o mal para alguém, geralmente colocado em encruzilhada.
Oferenda a exu com finalidade de desfazer trabalhos maléficos. Fundamentos: Leis de umbanda, suas crenças.
Encosto: Espírito de pessoas mortas. Que se junta a uma pessoa viva, conscientemente ou não, prejudicando-a com suas vibrações negativas.
Encruza: Local onde habitam os exus; é o cruzamento dos caminhos, vias férreas, ruas, etc.
Entidades: Seres espirituais na umbanda.
Espírito de Luz: Espírito muito desenvolvido, superior e puro.
Espírito sem Luz: Espírito inferior, pouco evoluído, apegado à matéria. Baixar: possuir por parte do orixá ou entidade, o corpo de um filho ou filha de santo.
Banda: Lugar de origem de entidade.
Burro: Termo usado pelos exus incorporados para designar o médium. Calunga Grande: Mar; oceano.
Desencarnar: Ato do espírito da pessoa deixar o corpo ? morrer.
Encarnação: Ato de vir um espírito à vida terrestre, tomando um corpo, ou voltar num corpo novo e continuar sua evolução espiritual.
Encruza: Ritual realizado pelo dirigente espiritual antes do início das sessões e que consiste em traçar cruzes com pemba na testa, nunca no peito, nas costas, na palma das mãos e na sola do pés.
Calunga Pequena: Cemitério.
Dar Passagem: Ato do orixá ou guia deixar o médium para que outra entidade nele se incorpore.
Dar passes: Até da entidade, através do médium incorporado, emitir vibrações que anulem as más influências sofridas pelos clientes, através de feitiço, olho gordo, inveja, etc. E que abrem os caminhos.
Descarga: Ação de afastar do corpo de alguém ou de um ambiente, vibrações negativas ou maléficas por meio de banhos, passes, defumação, queima ou pólvora.
Engira: O mesmo que gira ? trabalho ? sessão.
Despachar: Colocar, arriar em local determinado pelos orixás ou entidades ? guias, os restos de oferendas.
Despachar Exu: Enviar exu por meio de oferendas (de bebidas, comidas, cânticos e sacrifício animal), para impedir de perturbar a cerimônia.
Espíritos Obsessores: Espíritos sem nenhum desenvolvimento espiritual, que se apossam das pessoas, fazendo-as sentirem doentes, prejudicando-as em todos os sentidos.
Fechar a Gira: Encerrar uma sessão ou uma cerimônia em que tenha havido formação de corrente vibratória.
Fechar a Tronqueira: Fechar o terreiro às más vibrações dos quiumbas, por meio de defumação e aspersão de aguardente nos quatro cantos do local onde se realizará o culto.
Feitiço: Irradiação de forças negativas, maléficas contra alguém, despacho, objeto que contém vibrações maléficas
Firmar Porteira: Riscar a entrada do templo, um ponto especial para protegê-lo de más influências ou fazer defumação na entrada
Fundanga: Pólvora.
Guia de Cabeça: Orixá ou entidade principal do médium.
Rabo de Saia: Mulher na linguagem dos pretos velhos e exus.
Perna de calça: Homem na linguagem dos pretos velhos e exus.
Riscar Ponto: Fazer desenhos de sinais cabalísticos que representam determinadas entidades espirituais e que possuem poderes de chamamento das mesmas ou lhe servem de identificação.
Preceito: Determinação. Prescrição feita para ser cumprida pelos fiéis.
Puxar o Ponto: Iniciar um cântico. É geralmente feito por um ogã, em seguida acompanhado pelos médiuns.
Quebrar as Forças: Neutralizar o poder de qualquer feitiço seja para o bem ou para o mal.
Tomar Passe: Receber das Mãos dos médiuns em transe vibrações da entidade, as quais retiram do corpo da pessoa os males provocados por vibrações negativas, provenientes de mau olhado, encosto, castigo das entidades, etc.
Abó - banho de odor desagradável, em cuja composição entram várias ervas.
Amací - banho de ervas, feito para lavar a cabeça.
Amalá - comida que se dá aos Orixás.
Atabaque - tambor usado para acentuar o ritmo dos pontos.
Cambone ou cambono - auxiliar ou assistente do Orixá.
Carregado - cheio de maus fluídos.
Ebó - presente, oferenda.
Filho de santo - médium com batismo na Umbanda, com o Guia Identificado.
Guia - protetor do médium; colar de contas, pedra ou metal.
Mãe ou Pai pequeno - auxiliar imediata da Mãe ou Pai de Santo.
Mãe de Santo - mulher dirigente do terreiro, ou médium coroada.
Marafa ou marafo - aguardente, qualquer tipo de bebida alcoólica.Patuá - talismã usado para dar sorte ou proteção.
Pemba - giz especial com que se riscam os pontos.
Saravá - cumprimento comum e geral na Umbanda, o mesmo que ?salve?.
Toco - vela, charuto, cigarro, banco.

Mandamentos da Umbanda

Mandamentos da Lei de Umbanda
1) Não faças ao próximo o que não queres que te faça.
2) Não cobice o alheio.
3) Socorra os necessitados sem perguntas.
4) Respeite todas as religiões por que vem de deus.
5) Não critiques o que não entendes.
6) Cumpra sua missão mesmo com sacrifício.
7) Defenda-te das maldades e resista ao mal.

No que acreditamos na Umbanda


Na existência de um Deus, Único, Onipotente e Onisciente, criador de todas as coisas, irrepresentável sob qualquer forma e adorado sob o nome de ZAMBI;

Em Entidades Espirituais, em plano superior de evolução, que não necessitam de novas reencarnações, responsáveis pela organização dos mundos e dos seres que neles habitam.
São os Orixás, Santos, Chefes de Linhas e Falanges, executores diretos da Vontade Divina. Entre eles, Oxalá, o Cristo Planetário da Terra e, como tal, primeiro na hierarquia deste planeta.
Em Guias Espirituais e Protetores, Sábios, poderosos e bondosos, porém necessitados ainda de reencarnações para seu aperfeiçoamento. São mensageiros dos Orixás e Santos;
Em Seres da Natureza e suas energias cósmicas que, manipulados com sabedoria e bondade, sob a forma de magia, auxiliam a peregrinação do homem;
Na imortalidade do espírito, sobrevivendo á morte física, a caminho da evolução;
Na reencarnação, possibilitando o aprendizado e aprimoramento do Espírito;
Na Lei do Carma, instituindo que cada ação gera uma reação;
Na necessidade do ritual como elemento mágico e disciplinador;
Na prática da mediunidade, sob as mais variadas modalidades, com o objetivo de caridade material e espiritual;
NO RESPEITO ÁS DEMAIS RELIGIÕES, porque todas constituem caminhos de progresso espiritual que conduzem a DEUS.