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21 de junho de 2011

Quem liberta quem?

Por Alexandre Cumino

Dia 13 de Maio é dia da Libertação, dia da Lei Áurea em que a Princesa Isabel assinou o documento que deu a liberdade aos negros escravos. O que é cantado em verso e prosa por todo o Brasil e comemorado na Umbanda como o dia dos "pretos velhos" e "pretas velhas". Uma vitória para a evolução da condição social e o reconhecimento legal de que uns não podem nem devem escravizar os outros e que busca a máxima de que somos todos iguais. O Brasil foi um dos últimos países a tomar esta atitude, durante muito tempo ainda houve escravidão ilegal, ainda hoje descobre-se em um ou outro local remoto pessoas vivendo em tal regime. Na história da humanidade muitos povos foram marcados pela condição de cativeiro, haja visto o que nos conta a tradição judaico cristã a cerca dos judeus que foram escravos dos Egípcios, mais tarde cativos de Babilônicos e por fim libertos pelos Persas. Em todos as culturas encontramos esta cicatriz da diferença, mas ainda hoje vivem sentimentos de diferença e discriminação com relação ao diferente. Não somos mais escravos de trabalho forçado em uma condição física, mas vivemos muitas outras condições de "escravidão" simbólica ou emocional. Muitos anos atrás ouvi um preto velho (Pai Joaquim) dizer que o dia da libertação foi quando o branco libertou a si mesmo do fardo e "karma" pesado em fazer de seu igual um escravo. Afinal branco hoje, negro ontem, amarelo ou vermelho amanhã, somos espíritos imortais e reencarnamos nas diversas raças e culturas. Estes dias ouvi Pai Benedito repetir estas palavras de que o branco libertou a si no momento em que libertava o outro, seu irmão, culturalmente tido como inferior. Durante muito tempo as ciências dos brancos, em suas faculdades e universidades, ensinou que o negro era inferior em todos os sentidos, tido como um "animal", apenas, comprado e vendido. E não seria uma lei que mudaria os valores e paradigmas de uma sociedade espiritualmente atrasada. A própria Igreja Católica apoiou e patrocinou a escravidão de negros em detrimento de sua predileção por índios apesar de te-los matado aos milhões também. Purismo filosófico dos padres de então que criaram todo um discurso para libertar uns e prender outros. A alegação para fazer cativos os africanos era de que a África era o "Inferno" e que uma vez cativos nas mãos de "cristãos" os escravos seriam batizados e teriam finalmente sua alma livre apesar do corpo não gozar da mesma condição de suas almas. Ironia das inversões de valores, apesar da construção ideologia ser apologética ao crime de prender seu igual é certo que muitos que encarnaram no seio da Mãe África tinham a sina de ser escravizados (por questões de karma) o que não justifica o ato em si mas nos dá um sentido de ser no contexto. E outros tinham a missão de estar entre estes para lhes servir de guia e luz espiritual, muitos abnegados pediram para encarnar em meio a grande grupos de espíritos que iriam viver a experiência do cativeiro. Sabemos, hoje, que boa parte dos escravos eram "prisioneiros" de guerras e conflitos africanos, que se no principio eram condição natural de alguns povos, mais tarde foi patrocinada pelos interesseiros comerciantes de gente, fornecedores de armas e ideologias para abastecer o mercado "tumbeiro" entre dois continentes. A Lei maior a tudo assiste, ninguém nasce nesta ou naquela condição física e social á toa. Uns nascem com limitações motoras, de visão, de audição, de comunicação e até mental outros nascem com limitações sociais, seja por sua cultura ou classe social a que a maioria de nós está sujeito e que em alguns casos nos marca profundamente, nos fazendo sentir pertencentes a verdadeiras castas de acordo com nosso "poder" financeiro ou formação acadêmica, o que pode influenciar nossa saúde mental e distribuição do que poderíamos chamar de tempo livre. Muitos de nós se sente escravo do relógio, do trabalho, do patrão, de um emprego, das contas para pagar e compromissos assumidos. Somos escravos de nossos sentimentos de nossas paixões, somos escravos de nossos apegos, de nossos bens materiais e afetivos. Somos escravos do cigarro, da bebida, da comida, do sexo e de comportamentos que gostaríamos de mudar e não conseguimos. Somos escravos e vivemos esta escravidão como autômatos. Somos escravos voluntários até certo ponto pois há de se reunir muita energia para uma mudança de vida e hábitos, no entanto toda esta escravidão a quem nos sujeitamos mais cedo ou mais tarde nos trará complicações, de saúde, emocionais e sociais. Tudo funciona como uma máquina, criamos uma sociedade viciada e regulada por mecanismos que nos oprimem e classifica quem está por cima e quem está por baixo, na qual poucos conseguem sair de baixo para cima. Pior que estar em uma condição difícil é nos sentirmos inferiores ou inferiorizados e é ai neste ponto nevrálgico que entra nossos amados Pretos Velhos e Pretas Velhas, eles nos ensinam como viver além da condição de cativeiro a qual nos impomos.
Pois muito pior que o cativeiro físico é o cativeiro emocional, psicológico e cultural ao qual mais ou menos todos estamos sujeitos. Quem, hoje, pensar em viver sem uma televisão ou outros meios de comunicação está fadado a se tornar um alienado para este mundo globalizado, capitalista e consumista. Estes mesmos meios de comunicação nos dita regras desde muito cedo, desde a infância de como devemos falar, vestir, comportar e o que devemos considerar como bom ou belo, ruim ou feio... vamos crescendo condicionados à escravidão de valores e as grande máquinas de fazer lucro e manter a roda da sociedade girando...
É o preto velho quem nos ensina a se libertar do cativeiro... peço a eles que nos ajudem e auxiliem a vencer o que nos oprime, o que nos marcou, nossos traumas, medos, fobias... que nos ajudem a desamarrar o que nos prende e quebrar as correntes de velhos paradigmas que como grilhões não permitem vôos para além deste feudo cultural.
Que neste dia nosso amados pretos e pretas velhas nos ensinem a vencer o preconceito e a discriminação com valores espirituais, cultura e informação. Que sua mensagem que ecoa desde as senzalas nos lembre que todos nós somos muito mais que tudo isso, somos muito mais que nomes e títulos, sobre nomes e tradições, somos mais do que qualquer condição temporal, racial, cultural e social...
Somos espíritos imortais e nascemos para desenvolver a nossas liberdade, o que chamam livre arbítrio, que com tantas circunstancias limitantes nos dá muito poucas opções, em alguns casos, mas que ninguém se engane, a verdadeira liberdade só existe quando queremos nos libertar do que nos oprime e não há opressão maior que esta a qual nós mesmos exercemos sobre nós... libertar-se é se tornar livre no pensar e no agir... é ser e viver sua natureza superior é ser hoje melhor do que ontem e amanhã melhor do que hoje...
"Adorei As Almas"
Viva Yayá.. Viva Yoyô... Cativeiro Acabou...

Mais uma história de Preto Velho

A história ensina que não devemos julgar o que não conhecemos e não temos poder para ver e compreender. 
A condição humilde em que se apresentam nossos guias, não são aval de inferioridade, muito ao contrário disso, um caboclo ou preto velho apresentam-se de forma humilde e os ignorantes que julgam tudo saber desconhecem que não temos apenas uma existência e nossos guias se dirigem as pessoas dentro de suas necessidades e também dentro do  degrau de evolução na espiritualidade que atingiram.
Quanto maior for a evolução espiritual e cultural de uma pessoa que procura por nossos guias, maior será o nível da comunicação com essa pessoa. 
Já uma outra com menos evolução, receberá ensinamentos dentro de uma faixa que lhe permita compreender o que necessita para ser feliz.

Boa leitura!!!!
Certa vez Dona Clotilde uma distinta senhora de classe média, viu-se nos seus 60 anos de idade, frente a inúmeros problemas de saúde. Após infindáveis visitas aos médicos, os resultados que conseguia eram pequenos, mas continuava a distinta senhora a contornar os seus problemas de saúde.
Uma das empregadas de sua residência ao notar seu estado doentio, lhe sugeriu uma visita a um templo de Umbanda.
Dona Clotilde havia recebido em sua vida uma educação esmerada, estudou no exterior e casou-se na juventude com rapaz de família tradicional. Sua família embora católica, freqüentava periodicamente reuniões kardecistas (espíritas) e nessas reuniões havia ouvido muito falar da Umbanda, sabia ser a Umbanda uma religião que visava ajudar os humildes e também já tinha conhecimento de suas poderosas forças aliadas do bem, já ouvira falar de caboclos e pretos velhos e sabia o que representavam. Por essa razão, resolveu atender o convite de sua humilde empregada e resolveu comparecer ao templo.
Após duas noites lá estava Dona Clotilde sentada nos bancos de madeira de um humilde templo de umbanda na periferia da cidade. Os trabalhos daquela noite seriam desenvolvidos pela linha dos pretos velhos. Após a abertura dos trabalhos, a linha de preto velho se fez presente e iniciou-se o atendimento. Gente de todas as classes sociais e com mos mais diferentes problemas passou a ser atendida em consultas pela linha de origem africana.
Quando chegou sua vez de ser atendida, sentou-se num banquinho na frente de uma jovem médium que incorporava um preto de velho de nome Pai Pedro de Moçambique. O preto velho após observar a debilitada senhora lhe disse:

- A mizinfia tá muito doente, mas o véio tem remédio zimbão prá mizinfia tomá”.

Em seguida ordenou ao seu cambone (médium auxiliar) que escrevesse:

- A mizinfia vai pega casca de ovo sem cozinhá, vai torra no forno, dispois vai moe as casca, mistura com leite morno e vai bebe toda as noite um copo bem cheio.

Feito isso, o Pai Pedro solicitou a ela que retornasse na semana seguinte para continuar com seu tratamento.
A Dona Clotilde um pouco desapontada foi-se embora, não esperava receber a receita de tal remédio absurdo. No caminho para casa raciocinava ela;
Mas que absurdo comer cascas de ovo torradas, pensava ela, como me deixei trazer por aquela empregada a este fim de mundo em meio a esta gente miserável.
Ao chegar em casa não deu ouvidos ao pedido do Pai Pedro e jogou o papel no lixo.
Os anos se passaram e a situação de Dona Clotilde agravou-se. Certa tarde Dona Clotilde muito doente recebeu a visita de uma de suas amigas, que era kardecista e dirigia um renomado centro espírita. Aconselhada pela amiga resolveu fazer uma visita ao centro espírita em dia determinado, ocasião em que o espírito do Dr. Pedro Pereira que havia sido em vida um médico renomado lá incorporava, dava consultas e conseguia verdadeiros milagres junto as pessoas doentes.
Contente pelas palavras da amiga, na noite seguinte lá estava Dona Clotilde sentada nas cadeiras do centro espírita aguardando ser atendida. Os trabalhos da noite se iniciaram com normalidade, a leitura do Evangelho Segundo o Espiritismo foi feita aos presentes e  no ambiente a sensação de paz se instalou.
Iniciou-se em seguida o atendimento aos presentes pelo Dr. Pedro. Chagada a sua vez, sentou-se frente a um médium sexagenário que incorporava o Dr. Pedro Pereira que disse aos seus auxiliares:

- Nossa querida irmã encontra-se muito doente, atualmente o seu maior problema é a ostioporose. (Ostioporose = doença degenerativa dos ossos que em fase avançada deixa os ossos fracos e porosos, situação em que fraturas espontâneas são comuns, as vezes apenas o peso do próprio corpo já é suficiente para ocorrerem fraturas nas pernas) e ministrou a ela a seguinte receita:

- A querida irmã deve torrar cascas de ovo cru, em seguida moer as cascas e misturá-las em leite morno e deve tomar todas as noites um copo desse preparado.

Ao ouvir isso a Dona Clotilde disse ao Dr.Pedro;

- Que estranho doutor, há muitos anos atrás me passaram a mesma receita!

E o Dr. Pedro respondeu:

- Minha querida irmã, se você tivesse ouvido o Pai Pedro de Moçambique que lhe ensinou esse mesmo remédio, sua atual situação  não seria tão grave!

Ao ouvir isso, a Dona Clotilde indagou:

- Mas como o senhor sabe disso?

Respondeu o Dr. Pedro;

- Eu sou o Pai Pedro de Moçambique que ainda incorporo naquele humilde terreiro de Umbanda nas noites de sexta feira e lá atendo e ensino remédios e  soluções alternativas aos humildes que não tem como conseguir remédios que são caros. Ensino a eles o que aprendi na senzala junto a outros escravos que trouxeram da África os ensinamentos da milenar e poderosíssima magia africana. Se a irmã tivesse ingerido as cascas de ovo com leite que são ricos em cálcio, sua atual situação não seria tão grave.
Ao ouvir isso a Dona Clotilde pasma, levantou-se abruptamente caindo no chão em seguida, o esforço ao levantar-se foi grande demais para o seu debilitado esqueleto, ocasião em que o seu fêmur (osso da perna) quebrou-se, tendo que ser levada as pressas a um hospital.


As aparências enganam: Cuidado com a trave que está no teu olho

A UMBANDA NÃO É RESPONSÁVEL PELOS ABSURDOS QUE SE PRATICAM EM SEU NOME, BEM COMO NOSSO SENHOR JESUS CRISTO TAMBÉM NÃO É RESPONSÁVEL PELOS ABSURDOS QUE FORAM E SÃO PRATICADOS EM SEU NOME E EM NOME DE SEU EVANGELHO.


Temos que tomar cuidado quando queremos enxergar apenas aquilo que desejamos, as aparências enganam e esconde as sombras que cobrem certos ambiente pesados por pensamentos de vaidade, acobertamento e conduta moral indevida.

"O Argueiro e a trave no olho”. Por que vês tu o argueiro no olho do teu irmão, e não vês a trave que está no teu olho?

O VERDADEIRO TEMPLO DE UMBANDA NÃO SE RESUME E QUATRO PAREDES E CADEIRAS LOTADAS, VAI MUITO ALÉM DISSO. 

O VERDADEIRO TEMPLO DE UMBANDA É O ESPIRITO, COMO ESPIRITA TEMOS QUE SER EXEMPLO EM NOSSA CONDUTA MORAL PERANTE A SOCIEDADE. A FALTA DE EQUILÍBRIO ESPIRITUAL É RESULTADO NÃO SOMENTE DA FALTA DE PREPARO E HUMILDE EM RECONHECER A NECESSIDADE DE REVER A POSTURA E O TIPO DE COMPANIA ESPIRITUAL QUE ESTA ATRAINDO. MAS A FALTA DE FÉ, 

QUANDO SE PERDE A CONEXÃO COM O NOSSO PAI MAIOR, AUTOMATICAMENTE PASSAMOS A FAZER COMÉRCIO DA NOSSA FÉ, BARGANHA.

COMO DIZ MINHA AMANHA MARIA BONITA : "QUEM ESTA A SERVIÇO DE QUEM?" QUANDO ELA FEZ ESSA PERGUNTA NA ÚLTIMA OPORTUNIDADE QUE TIVE DE TRABALHAR COM ESSA ENTIDADE, NEM EU MESMA SABIA RESPONDE. 

FIQUE PENSANDO PORQUE ELA ESTA DIZENDO AQUELAS COISAS. PRINCIPALMENTE POR SER UM ENTIDADE COM A QUAL RARAMENTE TRABALHO, SE ELA VEIO PORQUE TINHA ALGO DE MUITO IMPORTANTE PARA DIZER. PORÉM ANTES DE CONCLUIR SUA PASSAGEM, MARIA BONITA DEIXOU CRAVADO NO MEU CORAÇÃO ESSA MENSAGEM PROFUNDA É HOJE APÓS UM ANO AINDA SINTO QUE ESTA PERGUNTA NÃO FOI ENTENDIDA POR MUITOS IRMÃO FÉ. 


NO MEU CASO PENSO QUE DEI O PRIMEIRO PASSO ESTE ANO QUANDO COMECEI A CUIDAR E FICAR ATENTA A QUALIDADE DA MINHA VIBRAÇÃO ESPIRITUAL E CONEXÃO COMO NOSSO PAI MAIOR. COMO DIZ NOSSO SENHOR JESUS NO EVANGELHO "ORAI E VIGIAI".


NÃO É FÁCIL, COMO DIZ VÓ CONGA "QUEM DISSE QUE SERIA, NINGUÉM PROMETEU ISSO." SÃO MUITOS OS OBSTÁCULOS QUE VENHO ENFRENTANDO NA MINHA VIDA PESSOAL E PROFISSIONAL DESDE QUE ASSUMI ATENTAR PARA A QUALIDADE DA MINHA CONEXÃO COM NOSSO PAI MAIOR E ALINHAMENTO COM MINHAS ENTIDADES E OS ORIXÁS. POR OUTRO LADO ESTOU MAIS FORTE NA MINHA FÉ, PAREI DE RECLAMAR, MELHOREI MEU HUMOR E AS PESSOAS COM AS QUAIS CONVIVO TEM APONTADO ESSA MUDANÇA. 


ÁS VEZES LEVO UMA PUXÃO DA VÓ CONGA, "FIA CUIDADO COM A VAIDADE, ESTA MELHORANDO COMPARTILHE COM SEUS IRMÃOS". É UMA LUTA CONSTANTE INTERNA, NÃO PODEMOS BAIXAR GUARDA.


PAI TOBIAS DIZ QUE VIVEMOS NO MUNDO DA MATÉRIA, DO PECADO, DAS TENTAÇÕES, ASSIM, NÃO DÁ PRA BAIXAR A GUARDAR, BEM COMO, NÃO PODEMOS NOS DESESPERAR PORQUE FALHAMOS.  ELE DIZ QUE NOSSO PAI MAIOR EM SUA MISERICÓRDIA NOS DA TODO DIA DUAS POSSIBILIDADE DE REVISÃO E APOS ISSO UM NOVO RECOMEÇO. 


ENTÃO É ASSIM: QUANDO ACORDAMOS TEMOS A OPORTUNIDADE DE AGRADECER E PLANEJAR NOSSAS ESCOLHAS. AO FINAL DO DIA NOS RECOLHERMOS PARA REPOUSAR E TEMOS A OPORTUNIDADE DE REFLETIR SOBRE NOSSAS AÇÕES, FAZER UM CHECKLIST E NEM PRECISAMOS PEDIR MUITAS VEZES OPORTUNIDADE DE UM NOVO COMEÇO, ELE NOS CONCEDE. ENTÃO PENSO QUE PODERÍAMOS APROVEITAR MELHOR ESTE MOMENTO.


O PRESENTE É PRECIOSO E O AMANHÃ É UMA ATO DE AMOR,CREDIBILIDADE E FÉ QUE O NOSSO PAI MAIOR TEM EM CADA UM DE SEUS FILHOS. NOSSA!!!! O PAI TOBIAS SABE DAS COISAS. 


QUEM ESTA SERVIÇO DE QUEM? NÃO ADIANTE FAZER FESTA BONITA, CASA LOTADA, TRABALHO COM TODOS OS MÉDIUNS, SE QUEM ESTA  NÃO ENTENDE QUAL É O SEU PAPEL. AS ENTIDADES NÃO ESTÃO ALI PARA NÓS SERVIR E NEM NÓS A ELES, TUDO É UMA TROCA, AMBOS PRECISAM DE APENAS UMA COISA: EVOLUÇÃO ESPIRITUAL, REFORMA INTIMA.


DA MESMA FORMA COM A ASSISTÊNCIA, QUEM ESTA A SERVIÇO DE QUEM? O MÉDIUM PRECISA DA ASSISTÊNCIA E A ASSISTÊNCIA DO MÉDIUM. PENSO QUE É UM MOMENTO DE TROCA, DE APOIO MUTUO. 


NÃO QUERO DEFENDER UMA IDEOLOGIA, ESTOU APENAS POSTANDO O ENTENDIMENTO QUE TIVE, EXPRESSANDO MINHA VISÃO. 


OLHE COM QUEM TU ANDA E DIGAS QUEM TU ÉS. 


MINHA VÓ SEMPRE DIZIA ISSO, ELA QUE FOI NA TERRA E CONTINUA NO PLANO ESPIRITUAL SENDO UM SOLDADO DE ARUANDA, FALAVA COM PROFUNDIDADE ESSE DITO POPULAR. ENTÃO VAMOS LÁ MEUS IRMÃOS. 

CUIDADO!  VOCÊ PODE ESTAR "DORMINDO COM O INIMIGO" SE ACHANDO CERCADO DE ENTIDADES QUE CAMINHAM NA LUZ DA UMBANDA, QUANDO NA VERDADE ESTA ATRAINDO ESPÍRITOS MISTIFICADORES E DIFICULTANDO O VERDEIRO TRABALHO DOS ORIXÁS E ENTIDADES QUE TENTAM AUXILIÁ-LO NA SUA REFORMA INTIMA.

Assim convido a leitura da mensagem abaixo para pensarmos sobre a responsabilidade de TODOS as pessoas no terreiro com o seu templo espiritual. Cargo na Umbanda não isenta da responsabilidade moral e espiritual.


Boa leitura 






HISTÓRIA DE PRETO VELHO 

Cenário: Reunião de trabalho mediúnico num centro kardecista (Espírita).

A reunião, na sua fase teórica, desenrola-se sob a explanação do Evangelho Segundo o Espiritismo. Os membros da seleta assistência ouvem a lição atentamente.
Sobre a mesa, a tradicional toalha branca, a água a ser fluidificada e o Evangelho Segundo o Espiritismo aberto na lição nona do capítulo 10.

“O Argueiro e a trave no olho”.

Por que vês tu o argueiro no olho do teu irmão, e não vês a trave que está no teu olho?

O Dr. Anestor, era o dirigente dos trabalhos práticos, tecia as últimas considerações a respeito da lição da noite. O ambiente estava impregnado das fortes impressões deixadas pelas palavras de Jesus Cristo através do Evangelho.
Feita a prece de abertura por um dos presentes iniciam-se as manifestações.
Uma das médiuns fica sob a influência de um espírito estranho. Tomada de uma sacudidela incontrolável, suspirou profundamente e, de forma instantânea permitiu a incorporação de um espírito.
O dirigente, como sempre fez nos seus vinte e tantos anos de prática espírita, deu-lhe as boas vindas, em nome de Jesus.
- Seja bem-vindo, meu irmão, nesta casa de caridade, disse-lhe Dr. Anestor.

O espírito respondeu:

- Zi-boa noite, zi-Fio. Suncê me dá licença prá eu me aproximá de seus trabalhos, Fio?.
- Claro, meu companheiro, nosso centro espírita está aberto a todos os que desejam progredir, respondeu o diretor da mesa.
Todos os presentes perceberam que a entidade comunicante era um Preto Velho, espírito que habitualmente comunica-se nos terreiros de Umbanda. E a entidade continuou:

- Vós mecê tem aí uma cachacinha prá eu bebê, Zi-Fio?.

- Não, não temos, disse-lhe Dr. Anestor. Você precisa se libertar destes costumes que traz dos terreiros, que é o de ingerir bebidas alcoólicas. O Espírito precisa evoluir, completou o dirigente.

- Vós mecê num tem aí um pito? Tô com vontade de pitá um cigarrinho, Zi-fio.

- Ora, meu irmão, você deve deixar o mais breve possível este hábito adquirido nas práticas de terreiro, se é que queres progredir. Que benefícios traria isso a você?
O preto-velho respondeu:

- Zi preto véio gostou muito de suas falas, mas suncê e mais alguns dos médiuns não faz uso do cigarro, Zi-fio? Suncê mesmo fuma e toma suas bebidinhas nos fins de sumana? Vós mecê pode me explicá a diferença que tem o seu Espírito que beberica `whisky' lá fora, de mim que quero beber aqui dentro? Ou explicá prá mim, a diferença do cigarrinho que suncê fuma na rua, daquele que eu quero pitar aqui dentro, Zi-fio?.
O Dr. Anestor envergonhado não pôde explicar, mas resolveu arriscar.

- Ora, meu amigo, nós estamos num templo espírita e é preciso respeitar os trabalhos de Jesus.

O preto-velho retrucou, mas agora já não fala mais como um Preto Velho e transmite a seguinte mensagem:

- Caro dirigente, na escola espiritual da qual faço parte, temos aprendido que o verdadeiro templo não se constitui nas quatro paredes a que chamais centro espírita. Para nós, estudiosos da alma, o templo da verdade é o do Espírito. E é ele que está sendo profanado com o uso do álcool e do fumo, como vêm procedendo os senhores. Como sabeis vosso exemplo na sociedade, perante os estranhos e frente a seus familiares, não tem sido dos melhores. O hábito, mesmo social, de beber e fumar devem ser combatidos por todos os que trabalham na Terra em nome do Cristo. A lição do próprio comportamento é fundamental na vida de quem quer ensinar. E no meu caso o uso do tabaco incinerado não visa o vicio e sim, as descargas na aura dos que me procuram em busca de ajuda nos terreiros de Umbanda, mas esse procedimento tem fundamentos que o digno doutor desconhece por não compreender na totalidade as leis de causa e efeito do mundo astral conhecidas como magia, palavra totalmente expurgada de vosso vocabulário por não conhecer o seu verdadeiro significado, fato esse devido ao vosso amplo orgulho. Refiro-me ao vosso orgulho porque o tratamento a mim dispensado como Preto Velho, deixou claro o vosso despreparo transmitido no tom de sua voz quando a mim se dirigiu, já que julgou-me inferior devido a classe social de uma de minhas existências passadas, desconhecendo que este negro escravo no passado também já foi juiz, também já foi doutor. Se aqui compareço como Preto Velho, tenho com essa conduta o objetivo alerta-los de que é na amizade, na simplicidade e na humildade que se entra no Céu. 

Houve grande silêncio diante de tal argumentação segura. Pouco depois, o Preto Velho continuou:

- Perdoe-me pela forma em que os visitei e pelo tempo que lhes tomei de trabalho, vou-me embora, mas antes, tenho a obrigação de alertá-los sobre o tema citado no inicio de vossa reunião, já que o ensinamento que o ilustre doutor ministrou no inicio aos presentes, ao que parece serve para uns e não para outros, o que nos retrata a idéia de uma farsa,  dando a impressão que nosso poderoso Pai tem dois pesos e duas medidas o que todos sabemos não ser a verdade.
Vou-me agora como Preto Velho e deixo aqui um pouco da minha paz que vem de Deus. E recebam todos vocês que militam nesta respeitável Seara os meus sinceros votos de progresso na espiritualidade.


Deu em seguida uma sacudida na médium, como nas manifestações de Umbanda, e afastou-se para o mundo invisível.
O Dr. Anestor ainda quis perguntar-lhe o porquê de falar daquela forma, mas não houve resposta.

No ar ficou um profundo silêncio, uma fina sensação de paz e uma importante lição.

Lição para todos meditarem.


20 de junho de 2011

Coisas que aprendi com Maria Mulambo

Sempre que trabalho com Maria Mulambo ficou pensando, que mulher.
Sua alegria, sua justiça e coerencia com a qual ela orienta as pessoas.
Ela é realista, não promete nada, apenas fala as verdades de vida, fala da alegria de viver e lidar com essa mundo. É caridosa e amorosa, sua alegria é tão contagiante que faz parecer que tudo realmente é mais simples do que imaginamos.

Mas o que aprendi com ela no último trabalho foi:

  • Ter palavra e honrar a palavra, ela diz e faz isso. 
  • Buscar evoluir e procurar se afastar daqueles que impedem a sua evolução 
  • Ela diz, sou justa e assim procure agir com razão e não com a emoção. Por isso, em seus atendimento costuma ser dura, para dar aos seus ouvinte foco e direcionamento. Ela não faz falsas promessas. 
  • É guerreira, diz a vida é para ser vida e não para guardar, então vamos pras cabeças com responsabilidade. 
Com a permissão de DEUS tenho a oportunidade de trabalhar com essa entidade desde a adolescência e aprendi a reconhecer e dar o seu justo valor. Somente tenho recebido o bem e crescimento com o trabalho com as  entidade Exus e PombasGiras, principalmente proteção. Além de muitas e muitas verdadeiras aulas de aprendizado variado, durante os atendimentos e nas conversas que solicito orientação particular. 
Todos sem exceção me esclareceram, afastando-me gradualmente da ILUSÃO DO PODER. Nunca me pediram nada em troca, apenas exigem meu crescimento espiritual. 
Mostraram-me os perigos e ensinaram-me a reconhecer a falsidade, a ignorância e as fraquezas humanas. Obrigada as entidades com as quais trabalho na linha da esquerda. 


ORAÇÃO SÃO JORGE

Eu andarei vestido e armado com as armas de São Jorge para que meus inimigos, tendo pés não me alcancem, tendo mãos não me peguem, tendo olhos não me vejam, e nem em pensamentos eles possam me fazer mal.
Armas de fogo o meu corpo não alcançarão, facas e lanças se quebrem sem o meu corpo tocar, cordas e correntes se arrebentem sem o meu corpo amarrar.
Jesus Cristo, me proteja e me defenda com o poder de sua santa e divina graça, Virgem de Nazaré, me cubra com o seu manto sagrado e divino, protegendo-me em todas as minhas dores e aflições, e Deus, com sua divina misericórdia e grande poder, seja meu defensor contra as maldades e perseguições dos meu inimigos.
Glorioso São Jorge, em nome de Deus, estenda-me o seu escudo e as suas poderosas armas, defendendo-me com a sua força e com a sua grandeza, e que debaixo das patas de seu fiel ginete meus inimigos fiquem humildes e submissos a vós. Assim seja com o poder de Deus, de Jesus e da falange do Divino Espírito Santo.
São Jorge Rogai por Nós.

PAI NOSSO UMBANDISTA


Pai Nosso que estais nos céus, nos mares, nas matas e em todos os mundos habitados. Santificado seja o Teu nome, pelos Teus filhos, pela natureza, pelas águas, pela luz e pelo ar que respiramos.

Que o Teu reino, reino do Bem, do Amor, da Fraternidade, nos uma a todos e a tudo que criastes, em torno da Sagrada Cruz, nos pés do Divino Salvador e Redentor. Que a Tua vontade nos conduza sempre para o culto do Amor e da Caridade.

Dai-nos hoje e sempre a vontade firme para sermos virtuosos e úteis aos nossos semelhantes. Dai-nos o pão do corpo, o fruto das matas e a água das fontes para o nosso sustento material e espiritual.

Perdoai, se merecermos, as nossas faltas e dai o sublime sentimento do perdão, para os que nos ofenderam. Não nos deixei sucumbir ante a luta, dissabores, ingratidão, tentações dos maus espíritos e ilusões da matéria.

Enviai Pai, um raio da Tua Divina complacência, luz e misericórdia para os Teus filhos, pecadores que aqui labutam pelo Bem da Humanidade.

Assim seja,

Saravá a Umbanda!

Esmola Espiritual

Cáritas: "A esmola, meus amigos, algumas vezes é útil, porque alivia os pobres. Mas é quase sempre humilhante tanto para quem dá, quanto para quem a recebe. A caridade, pelo contrário, liga o benfeitor e o beneficiário e, além disso, se disfarça de tantas maneiras! A caridade pode ser praticada mesmo entre colegas e amigos, sendo indulgentes uns para com os outros, perdoando-se mutuamente suas fraquezas, cuidando de não ferir o amor – próprio de ninguém."

Prece de Cáritas

Tenho a preocupação quando oro em entender meus sentimentos para melhor direcionar minha oração. Geralmente, faço uma reflexão sobre o meu dia, meus sentimentos, começo um diálogo com Deus e só depois faço minha oração. 
Costumo também ler alguma prece e hoje posto uma muito conhecida que aprendi com a minha amada Vó Maria, é a Prece de Cáritas.
Essa prece foi psicografada em uma noite de natal e Cáritas era um espírito que se comunicava com uma médium muito famosa que vivia na França. A Prece de Cáritas é muito utiliza nos centros Kardecista e Terreiros de Umbanda na abertura dos trabalhos. 
 
Prece de Cáritas
Deus Nosso Pai, que sois todo poder e bondade, dai forças aqueles que passam pela provação, dai luz aqueles que procuram a verdade, ponde no coração do homem a compaixão e a caridade.
Deus!...Dai ao viajor a estrela guia, ao aflito a consolação, ao doente o repouso.l
Pai!...Dai ao culpado o arrependimento, ao espírito a verdade, a criança o guia, ao órfão o pai
Senhor!...Que a Vossa bondade se estenda sobre tudo que criastes. Piedade, Senhor para aqueles que não vos conhecem, esperança para aqueles que sofrem.
Que a Vossa bondade permita aos espíritos consoladores, derramarem por toda a parte a paz, a esperança e a fé!
Deus!... Um raio, uma faísca do Vosso amor pode abrasar a terra; deixai-nos beber nas fontes águas dessa bondade fecunda e infinita e todas as lágrimas secarão, todas as dores se acalmarão. Um só coração, um só pensamento, subirá até Vós como um grito de reconhecimento e de amor.
Como Moisés sobre a montanha, nós Vos esperamos com os braços abertos.
Oh, bondade, oh beleza, oh perfeição! E, queremos de alguma sorte merecer a Vossa misericórdia.
Deus!...Dai-nos a força de ajudarmos o progresso, a fim de subirmos até Vós.
Dai-nos a caridade pura, dai-nos a fé e a razão. Dai-nos a simplicidade que fará de nossas almas o espelho onde se deve refletir a Vossa Santa e Bendita imagem.
Assim Seja!

16 de junho de 2011

Médium na Umbanda

Médiuns

Médium é aquele que tem a sensibilidade de sentir e intermediar o mundo espiritual. Existem vários tipos de mediunidade, como o de incorporação, de intuiçãovidência ocular e intuitiva,psicógrafode efeitos físicos e mais uma porção de divisões. Como temos por objetivo a Umbanda, vamos estudar mais aqueles que são usadas tradicionalmente, que são os de incorporação e intuição.
Por não sentir nenhuma vibração, muita gente acha que não tem mediunidade. Acontece que muitas vezes a mediunidade ainda não foi mexida e ela fica adormecida até que uma energia qualquer, somada com a vontade e dedicação do médium, desperte essa sensibilidade. Existem pequenos sinais que são típicos de quem é médium. O primeiro deles é o medo. A pessoa tem medo porque acredita no mundo dos fantasmas, o mundo paralelo. Se ela crê nisso, é porque pressente a existência deles, não deixando de ser um sinal de fé. Aquele que não tem nenhuma sensibilidade, nada sente e nada percebe, é o que não tem medo. Arrepios, palpites e adivinhações, telepatia e outros dons semelhantes, são sem dúvida outra indicação da mediunidade.
A fé e a vontade de conhecer o sobrenatural é um típico indicio da mediunidade. Conheci vários médiuns que faziam parte da corrente e não sentiam a mínima vibração, e após alguns anos tornaram-se excelentes médiuns de incorporação e consulta. O interessante que o médium necessita de uma religião, seja ela qual for.
Tem pessoas que por comodismo dizem que acreditam em Deus e isso lhes basta. No fundo são médiuns, pessoas medrosas, que não têm a coragem de negar a existência do Criador, não por cultura religiosa, mas por inequívoca demonstração de recusarem um vinculo com as obrigações de um compromisso religioso. Os que mais sentem a manifestação dos espíritos junto de si, são os que, mais uma vez pelo medo, correm em busca das religiões para negarem a incomoda presença de um espírito junto de si. Existem manifestações dos espíritos em médiuns latentes tão impressionantes que se a família tiver preconceito com o espiritismo, acaba levando-os aos médicos e até a internação em hospitais psiquiátricos.
Conheci dois irmãos, com 16 anos e com 14, que eram dominados por espíritos tão animalizados que derrubavam os meninos e os deixavam no chão como se fossem animais, e entravam em violenta briga através de mordidas e arranhões, mas nunca com gestos humanos. Sua mãe, uma simplória senhora, guardou um pé de arruda ao seu alcance para que quando isso acontecesse, fizesse uma benção mágica que tinham lhe ensinado. Feito isso, os dois irmãos avançaram sobre ela, com as mesmas características de animais ferozes, arrancaram de sua mão o pé de arruda e o pastaram - se assim pode ser explicado, o que fez com que ambos, pela toxidade da planta, tivessem que ter no dia seguinte assistência médica para curar a dor de barriga.
Esses irmãos, após cuidadoso desenvolvimento mediúnico em nosso grupo, foram excepcionais médiuns, tanto que a moça incorporada deixava mensagens maravilhosas, toda ela em forma de poesia. Fiz essa pequena introdução, para chegarmos, por partes, até o método das incorporações.
Vamos iniciar com os médiuns novos, ávidos da espiritualidade conhecida através dos trabalhos de um grupo. Prefiro exemplificar o médium comum, aquele que não tem nada lhe incomodando ou prejudicando que o faça procurar cura no espiritismo. É o médium que gostou e se empolgou com a religião e algo lhe puxa para dentro da corrente, alguma coisa dentro do seu coração que lhe induz a acreditar nos espíritos.
O médium entra tímido, sente-se deslocado e algumas vezes até envergonhado, achando que todas as pessoas do terreiro a estão observando. Começa assim até ficar mais solto e à vontade, quando sente a vibração do terreiro e das linhas espirituais que estão trabalhando. Como sente arrepios, tonturas e até mesmo um certo descontrole, incorpora e sai andando no terreiro sem saber o que fazer. Aqui quero explicar às pessoas que os dirigentes, de qualquer terreiro, estão observando e cuidando para que o médium não caia, não se machuque e muito menos se exceda na incorporação. É o que chamamos incorporação na vibração, ou seja, o espírito está ao seu lado, mas ainda não incorporou como devia. Chama-se o médium de umbanda de ·cavalo·, acho que para podemos explicar bem como as coisas acontecem e para frente vamos explorar bastante essas comparações. Um cavalo ainda não domado é separado para a doma.
O domador, antes de montá-lo, com bastante paciência, ensina-o a usar o cabresto, o freio e com muita cautela põe sobre seu lombo a sela, para que ele sinta um leve peso, já o acostumando para finalmente ser montado. É o que acontece com o médium que incorpora na vibração. Vale dizer que o treinamento do cavalo é longo, levando, às vezes, meses para que o domador possa montá-lo. Com os médiuns é a mesma coisa: demora, por isso tenham paciência, mas de repente, em qualquer momento, o espírito incorpora em sua totalidade, e da mesma forma que o cavalo vai sentir um peso mais forte, o médium vai sentir a presença do seu com certeza maravilhoso orixá, e faz com que o médium passe a outra fase de seu desenvolvimento.
O médium na Umbanda é chamado de cavalo porque o espírito toma seu mental e também o corpo, diferente do kardecismo, no qual o espírito toma só o mental do médium.

Médium está proibido de ter raiva

Perigos da Mediunidade


Quem fuma cachimbo está sempre impregnado do cheiro da fumaça. O dentista quando sai de seu consultório exala o cheiro forte do remédio que usa em seus pacientes. Quando trabalhamos com a incorporação de espíritos os resíduos de suas energias ficam na nossa aura.
O acumulo sucessivo das incorporações deixa essas energias depositadas e em número cada vez maior. Se por um momento nós tivermos raiva de alguém e nossa energia for direcionada a essa pessoa, junto com ela todas as energias acumuladas engrossam o poder da vibração, podendo causar um mal imprevisível ao atingido, e isso sem nenhuma responsabilidade ou vontade das entidades. Por isso quando dizem que um Exu fez o mal, na verdade foi só o médium que usou da energia dele para provocar a maldade.
Vale aqui colocar uma ordem nessas palavras: Exu não faz o mal, por se ele fizer não será Exu e sim um espírito malvado se fazendo passar por ele. Por essas razões os médiuns da Umbanda devem ter a consciência para não terem pensamentos negativos contra ninguém. Meu pai-de-santo dizia: “médium de Umbanda está proibido de ter raiva.

Reflexão de um Pai de Santo

Tenho questionado muito sobre o figura do Pais e Mães de Santos, a cada dia nessa minha caminha venho aprendendo muito sobre essa importante figura dentro dos terreiros de Umbanda. 
Ao ler o artigo no site do Pai Maneco, me chamou atenção esse pequeno trecho de sua sábia e humilde explanação a respeito da figura do Pai ou Mãe de Santo. 
Boa reflexão
Já me perguntaram se eu gosto de ser pai-de-santo. Refleti bem antes de responder afirmativamente. Se sou um é porque gosto. Na verdade não sei porquê.
Na minha reflexão descobri que antes eu tinha compromisso só com as entidades que eu trabalho, hoje tenho com todas que trabalham no terreiro. E as pessoas às vezes não entendem que eu sou igual a qualquer um, com todas as emoções, acertos e erros de um médium, e o que me difere é que sou talvez mais experiente e obrigado a cumprir o compromisso que assumi perante os espíritos que me cuidam. E todo pai-de-santo, entre o dever de cumprir as suas obrigações e magoar um membro de sua corrente, fica sem opção: o compromisso com a espiritualidade tem que prevalecer. Tenho acertado comigo mesmo: quando eu sentir que estiver, por um motivo qualquer, atrapalhando o terreiro, entregarei minha guia ao meu sucessor.
  • A Umbanda não tem um órgão centralizador · felizmente, e por isso não existem regras para a abertura de um Terreiro. Alguém se torna pai-de-santo quando recebe suas obrigações de outro pai-de-santo. Com sua personalidade, modo de ser, idéias sobre a religião e filosofias, é seguido por outros que acreditam no que diz e faz e se subordinam, espontaneamente, ao seu mando. São opções livres e da vontade de cada um.
  • O pai-de-santo, também chamado zelador, dirigente ou diretor, cria a linha de seu trabalho de acordo com seu Orixá cósmico. Por isso que se diz Terreiro ou Casa de Oxalá, Ogum, Oxossi, Xangô, Iemanjá, Oxum ou Iansã.
  • A rudeza das minhas palavras não deve ser considerada como desrespeito aos meus companheiros, mas entendida como fidelidade à boa organização de um terreiro: a mãe ou pai-de-santo ditam as normas, a mãe ou pai-pequeno as acatam e os capitães de terreiro obedecem e as fazem cumprir.

Diversidade da Umbanda

Minha Opinião
A diversidade da Umbanda traz uma infinidade de vantagens, principalmente a liberdade que têm os dirigentes de marcarem seus Terreiros pela sua própria filosofia, o que a torna interessante e diferente das demais.
Esse é o ponto positivo. Por outro lado, a nítida e desrespeitosa falta de ética dos dirigentes já está arrancando de muita gente olhares de soslaio para o até então incomum procedimento religioso.
Voltando à Umbanda, o dirigente ético é o que pratica a religião sem ferir a moral básica de qualquer atividade espiritual e respeita os limites de acção dentro das divisas de seu Terreiro. O que acontece fora não lhe diz respeito e ele sabe disso.
O que não tem ética, ao contrário, vive bisbilhotando os Terreiros alheios; bota medo nos consulentes para explorá-los financeiramente; ao invés de demonstrar sua capacidade para trabalhar correctamente, procura se enaltecer apontando os defeitos das outras casas e faz pouco caso dos outros dirigentes; gosta de se exibir querendo mostrar ser entendido; quer ser sempre o melhor e gosta de se dizer chefe, esquecendo-se que o líder é escolhido e não imposto; quando tem oportunidade de conversar com os médiuns de outros Terreiros sempre levanta suspeita sobre a qualidade da eficiência do trabalho do dirigente; faz trabalhos para assuntos amorosos cobrando quantias altíssimas por isso; despreza a necessidade de seus filhos de corrente; não respeita a privacidade de seus consulentes; envolve-se amorosamente com médiuns de sua corrente, alicia médiuns de outros terreiros na tentativa de trazê-los para o seu. Esses dirigentes sabem que estão errados e por isso não merecem perdão.
Mencionei esses itens, mas existem muitas outras situações que os dirigentes ferem totalmente qualquer principio ético. Enumerá-los não vai trazer solução prática. É só uma citação.
Codificar a Umbanda seria um desastre, mas quem sabe uma mega reunião envolvendo federações e confederações para serem criados fundamentos básicos e mínimos para o bom comportamento da religião fosse uma solução para por um freio nesses absurdos. Ninguém pode proibir que aconteçam os exageros, principalmente porque isso faz parte de qualquer religião. Mas uma conscientização pública iria com certeza alertar nosso povo que não deve se deixar explorar por essa gente.

Essa é a Minha Opinião!

Pai Fernando do Terreiro do Pai Maneco - 

12 de junho de 2011

Por que um Médium Cai

Quando se trata de mediunidade não importa em qual religião o fenômeno esta sendo manifestado, no geral, o médium cai pelos seguintes motivos:
1o. Excesso de vaidade
2o. Ambição pelo dinheiro fácil diante do mau uso da mediunidade (dai de graça o que recebes de graça).
3o. Sexo, ou seja, ligações amorosas nas dependências do terreiro.
Nos dois primeiros itens muitos médiuns costumam voltar a linha com lições de suas entidades, pois a vaidade e o comercio da mediunidade são faltas graves.
Porém no terceiro caso, no geral, esses são abandonados por seus protetores, caboclo, preto-vellho, não volta ao exercício mediúnico com eles, pois médiuns que decaíram nessa promiscuidade, desrespeitam a espiritualidade e seu terreiro, principalmente, quando se põem diante do conga adotando dentro do terreiro este tipo de comportamento sexual.
O que faz um médium assegurar por tua sua vida a proteção de suas entidades é a sua CONDUTA MORAL. Especialmente na sua família, quando no terreiro, ele também tem um nova família.


Livro dos Médiuns - Perda da mediunidade

Estará no esgotamento do fluido a causa da perda da mediunidade?
“Seja qual for a faculdade que o médium possua, ele nada pode sem o concurso simpático dos Espíritos. Quando nada mais obtém, nem sempre é porque lhe falta a faculdade; isso não raro se dá, porque os espíritos não mais “querem, ou podem servir-se dele.”

Que é o que pode causar o abandono de um médium, Por parte dos Espíritos?
“O que mais influi para que assim procedam aos bons espíritos é o uso que o médium faz da sua faculdade. Podemos abandoná-lo, quando dela se serve para coisas frívolas, ou com propósitos ambiciosos; quando se nega a transmitir as nossas palavras, ou os fatos por nós produzidos, aos encarnados que para eles apelem ou que têm necessidade de ver para se convencerem. Este dom de Deus não é concedido ao Médium para seu deleite e, ainda menos, para satisfação de suas ambições, mas para o fim da sua melhora espiritual e para dar a conhecer aos Homens a verdade. Se o espírito verifica que o médium já não corresponde às suas vistas e já não aproveita das instruções nem dos conselhos que “lhe dá, afasta-se, em busca de um protegido mais digno.”

A suspensão da faculdade não implica o afastamento dos Espíritos Que habitualmente se comunicam?
“De modo algum. O médium se encontra então na situação de uma pessoa que perdesse temporariamente a vista, a qual, por isso, não deixaria de estar rodeada de seus amigos, embora impossibilitada de vê-los. Pode, portanto, o médium e até mesmo deve continuar a comunicar-se pelo pensamento com seus espíritos familiares e persuadir-se de que é ouvido. Se for certo que a falta da mediunidade pode privá-lo das comunicações ostensivas com certos espíritos, também certo é “que não o pode privar das comunicações morais.”

Por que sinal se pode reconhecer a censura nesta interrupção?
“Interrogue o médium a sua consciência e inquira de si mesmo qual o uso que tem feito da sua faculdade, qual o bem que dela tem resultado para os outros, que proveito há tirado dos conselhos que se têm-lhe dado e terá a “resposta.”

ESTOU INCORPORADO MAS VEJO E OUÇO TUDO

Esta é a principal dificuldade de todo médium que inicia seu desenvolvimento mediúnico. Sou consciente, vejo tudo, será que estou fingindo?
Quando se trata dessa situação estamos falando da Incorporação Consciente.
Segundo vários estudos, a cada dez médiuns, nove tem essa dúvida e insegurança no inicio de suas incorporações. Não é incomum perceber que muitos irmãos de fé sentem culpa ou vergonha por tal ocorrência, por total falta de conhecimento desse tipo de incorporação.
É importante também citar que existem três estágios no desenvolvimento mediúnico até chegar a incorporação. Para explicar de forma mais simplificada, citarei apenas a ordem ate chegar na incorporação. 
1º Estágio é o da INTUIÇÃO
2º Estágio é o da APROXIMAÇÃO
3º Estágio é o da INCORPORAÇÃO.
Considero que é mais importante ficar atento a esses estágios, do que viver no sofrimento ou dúvida se é importante ser consciente ou inconsciente na atuação como médium.
Sabemos que nos dias hoje não se faz necessário a mediunidade inconsciente, entretanto, a percebemos que alo médium prefere omitir a sua consciência durante o trabalho mediúnico para credibilidade ou  por medo de ser acusado de mistificador.
Hoje as entidades atuam com os médiuns, em sua maioria, consciente durante a realização dos atendimentos e trabalhos. Apenas um percentual muito pequeno (segundo alguns estudos 2%) são semi-consciente e raramente inconsciente (cerca de 1%).
Vou citar um exemplo que li recentemente em um blog, infelizmente não lembro para citar a fonte de pesquisa. 
Bom no exemplo a pessoa que escreveu o artigo fez uma analogia comparando copo de  água com açucará e o processo de incorporação. 
Em copo de água e coloque duas colhes de açúcar. Sem misturar você visualiza dois elementos: a água e o açúcar. Misturando surge um terceiro elemento totalmente modificando, mas ainda contendo os outros dois elementos.
Da mesma forma acontece a incorporação, a mente do médium alinhada com a energia da entidade que se aproxima, unem-se em harmonia e com o conhecimento de ambos fazem um trabalho correto.
Nunca tive problemas, medo ou vergonha de dizer que sou Médium consciente, pelo contrário, acredito que pelo fator de ser sincera nos trabalhos com as entidades que conquistei o respeito, confiança e a credibilidades dos meus irmãos de terreiro e da assistência.
Na minha concepção o Médium que omite ser consciente tem uma atitude irresponsável, pois se por acaso algo der errado no atendimento o mesmo poderá dizer: “Não foi eu, foi à entidade eu sou inconsciente”.
Outro aspecto importante é a características da manifestação mediúnica quando incorporado, nesse caso estou me referindo aos trejeitos e movimentos das entidades e orixás. 
Por exemplo, tente impedir um dos movimentos voluntariamente, segurar as mãos quando da manifestação de um  Caboclo enquanto brada seu grito ou levantar rápido quando da incorporação de um Preto Velho. Tem aqueles que desafiam achando que podem provar algumas coisas, mas ao contrário do que pensam, isso é uma grande intervenção e não terão a prova de reação da entidade que não permitira que a pessoa corrija a postura ou mude o movimento.
No começo da Umbanda era necessário a inconsciência por se tratar de uma religião nova, assim, algumas provas não seriam possíveis com a incorporação consciente do médium, pois o mesmo não teria coragem e nem acreditaria. Sem contar as características de manifestação das entidades, como por exemplo, incorporar uma criança ou uma pomba gira, as pessoas sentiam vergonha e ridicularizadas com essas manifestações por falta de conhecimento, preconceitos entre outras razões.  Essas conseqüências poderiam levar o médium a se afastar da Umbanda, a inconsciência era necessário para ajudar os incrédulos e quebrar paradigmas e preconceitos.
Porém hoje com a evolução que a Umbanda conseguiu não existe mais a necessidades das entidades usarem do artifício da inconsciência para trabalhar com os médiuns e auxiliar a todos que procuram os terreiros de Umbanda.



Beijos e boa semana 


Luly